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Poema de John Clare

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John Clare “Eu sou, mas o que sou ninguém se importa ou conhece, Meus amigos desistiram de mim, como uma memória perdida. Sou o consumidor das minhas próprias mágoas. Elas ascendem e desaparecem em chão estéril, como sombras em dores delirantes de um amor sufocado. E ainda assim eu sou, eu vivo – como vapores tremulantes.   Em meio a uma nada ruidoso e escarnescente, Em meio a um vivo mar de sonhos vigilantes, Onde não há sentido de vida ou alegrias, Só o vasto naufrágio das minhas aporias, E a mais desejada, a que eu amei mais, É-me estranha – ou pior, mais estranha que as mais.   Anseio por cenas onde o homem nunca trilhou. Um lugar onde as mulheres nunca sorriram ou choraram. Há a cumprir com o meu Criador, Deus. E dormir como eu dormia docemente na infância. Tranquilo e despreocupado onde repouso. A grama abaixo – por cima o céu abobadado.”   Pelo o que se sabe, o poeta John Clare tinha só 1,5m, assim considerado uma aberração. Talvez devid